Espaços
Visitas Comentadas
Sáb 10h, 11h30, Arq. Nuno Lopes e Paulo Silva (Gestor de Proximidade) / Sáb 14h30, 16h, Arq. Sofia Mota e Pedro Martins (Gestor de Proximidade) / Dom 10h,11h30, Arq. Nuno Lopes, Arq. Sofia Mota e Salvador Silva (Gestor de Proximidade)
Caleidoscópio
Temas
Máximo 20 pessoas por visita
Visitas sem marcação; por ordem de chegada
Sem acesso a pessoas com mobilidade reduzida
Proibido fotografar
Descrição
O município da Maia é um exemplo de grande progresso no que diz respeito às políticas públicas de habitação depois da revolução do 25 de Abril de 1974. Antes da revolução, a cidade da Maia era um território rural e sem densidade, na periferia do Porto, onde não existiam fogos de habitação social. O Bairro do Sobreiro é o primeiro e mais relevante bairro construído na Maia no pós-25 de Abril, com 666 fogos. O bairro foi construído pelo Fundo de Fomento de Habitação entre 1976 e 1981, em terrenos que eram, na época, periféricos ao centro da cidade. O projeto do arquiteto Alexandre Vasconcelos foi influenciado pela experiência da cidade modernista e por Robert Auzelle, com quem trabalhou e aprendeu métodos de pré-fabricação. “A proposta urbanística era radical: 63 blocos habitacionais com 4 pisos acima do solo e 4 torres, 666 habitações, com equipamentos, espaços verdes e áreas comerciais e serviços. Foi um dos motores do desenvolvimento do centro da Maia, desde logo pela enorme capacidade de fixação populacional. O conjunto habitacional destaca-se consideravelmente da envolvente devido à identidade da sua forma urbana, de fundamentação modernista: edifícios soltos, envolvidos totalmente por espaço público e idealmente verde. Perante esta condição de referência, o bairro define-se claramente em contraponto com as formas circundantes.” (Nuno Lopes e Sérgio Amorim) Em 2002, o Município da Maia decidiu intervir no Bairro do Sobreiro, que agora se integra no centro da cidade, porque os edifícios apresentavam patologias de construção críticas e porque o executivo municipal perspetivava uma cidade diferente. Assim, entre 2002 e 2020 foram demolidos 20 edifícios. Os restantes 43 blocos estão, desde então, a ser objeto de operações de reabilitação, que incidem sobretudo na melhoria da eficiência energética, mas abrangem também o interior das casas, e os espaços comuns interiores e exteriores. Será executada brevemente a reabilitação dos 7 últimos blocos, e a construção de um novo edifício com 58 fogos, através dos fundos do PRR. Ao longo dos 50 anos de democracia portuguesa, os progressos registados na construção de habitação social na cidade da Maia têm sido relevantes: Na década de 80, com o apoio do Fundo de Fomento da Habitação, a autarquia construiu dois bairros com 788 fogos; Entre 1994 e 2006, no âmbito do programa PER, foram construídos 1628 fogos; Entre 2010 e 2020, foram construídos apenas 38 fogos públicos e iniciou-se a gestão e reabilitação dos fogos existentes; Atualmente, através dos fundos do PRR, prevê-se a construção de 686 fogos, o que corresponde a 93% das necessidades habitacionais identificadas em 2018 no concelho.
Localização
Praceta Sobreiro (junto ao Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro)
6Direções: Google Maps / Apple Maps
Transportes Públicos
Metro: Linha C - Fórum Maia
Autocarro: STCP 600, 604 / UNIR 6305, 6313