Temas

Educação

Texto de Teresa Novais e Margarida Quintã

Horário

Visitas sem marcação; por ordem de chegada

Descrição

As últimas cinco décadas de democracia trouxeram a expansão e a democratização da educação em Portugal. Em 1974, a taxa de analfabetismo do país era superior a 25% e a escolaridade obrigatória era de apenas seis anos. No que diz respeito ao ensino superior, a frequência era residual, com apenas 57000 estudantes distribuídos pelas Universidades de Lisboa, Coimbra e Porto.

Em 1974 a Universidade do Porto tinha apenas 11776 estudantes. Hoje, a Universidade conta com 35000 alunos que frequentam 315 cursos em 14 faculdades e o Politécnico do Porto (fundado em 1985) conta com 22000 alunos, divididos em 174 cursos e 12 escolas politécnicas. Também o ensino superior particular e cooperativo, que se iniciou em 1978 e foi apenas regulado em 1989, constitui hoje 24% da população total do ensino superior. Nos últimos cinquenta anos, os portugueses tiveram gradualmente mais acesso a educação de qualidade, com maior diversidade formativa e maior abrangência territorial.

Os centros de investigação associados às Universidades ganharam impulso com a entrada de Portugal na Comunidade Europeia, em 1986, e com a criação em 1997 da “Fundação para a Ciência e Tecnologia”. Hoje, os centros de investigação portugueses desenvolvem projetos quer com instituições públicas como com instituições privadas, e cooperam com a comunidade científica internacional.

As infraestruturas complementares, tais como bibliotecas, cantinas, instalações desportivas, parques, e residências de estudantes, são fundamentais para apoiar a vida académica. No entanto, o premente e grave problema da habitação afeta a comunidade estudantil, já que os custos de alojamento fora das residências da Universidade do Porto são inacessíveis para um vasto número estudantes deslocados. Hoje, a Universidade do Porto proporciona apenas 1200 camas distribuídas por 11 residências universitárias, o que corresponde a cerca de 8% do corpo estudantil. É por este motivo que a Universidade pretende aumentar em 55% a sua capacidade de alojamento durante os próximos 5 anos.